Seguindo o post anterior, vamos dar mais um exemplo de que o registro da marca não garante o sucesso do negócio: o da campanha da Coca Cola referente à New Coke. Nesse exemplo podemos perceber que até mesmo empresários com marcas fortes podem sofrer por falhas na colocada de seus produtos no mercado, não na ideia da marca em si, mas por erro no direcionamento da sua campanha e no atendimento às expectativas do consumidor.

Para fazer frente à campanha da sua principal concorrente, a Pepsi, que havia lançado uma promoção chamada “Desafio Pepsi”, a Coca Cola resolveu então lançar a New Coke, com uma reformulação da sua famosa bebida. Tornou o seu produto um pouco mais doce e realmente diferente da Coca-Cola original. Mas aonde estava o erro afinal? Estava em retirar o seu produto original do mercado. Os consumidores não tinham mais acesso à Coca-Cola tradicional e, então, se revoltaram contra a substituição da tradicional pela New Coke.
Qual foi a saída da Coca Cola para não perder seus fãs? Retirou a New Coke do mercado e relançou a tradicional com a denominação Coca-Cola Classic. Teve que se reinventar para fazer frente à grande promoção que a sua concorrente fez na época.
Assim, fica fácil perceber que, às vezes, os empresários precisam abrir mão da marca criada e partir para outra. O registro deve ser pensado como parte do investimento para o lançamento de um produto. Se der certo este lançamento, o valor pago no registro dessa marca, nem vai ser sentido pelo empresário. Mas claro que, se o contrário ocorrer, e o lançamento do produto for um fracasso, o valor pago pelo registro estará computado também nas perdas e, com certeza, será o menor prejuízo.
Assim, na dúvida sobre o sucesso no lançamento do produto, o certo é registrar a marca, porque o prejuízo maior ocorrerá se a marca do produto de sucesso não estiver registrada.
Exemplo disso é, a disputa que ocorre no Brasil pela marca “IPhone”, entre a Apple e a Gradiente. A Gradiente se antecipou e registrou a marca Iphone no Brasil. Contudo, a Apple lançou um smartphone com esse mesmo nome que, todos sabem, alcançou sucesso mundial.

A Gradiente, sendo titular da marca no Brasil, intentava proibir a comercialização do smartphone da Apple com este nome. O processo judicial iniciou em 2012 e até hoje não foi concluído. Parece que as duas empresas pensam em um acordo. A Apple não dimensionou a extensão do seu mercado consumidor e acabou negligenciando alguns registros importantes em países como o Brasil.
Então, como conclusão: na dúvida, registre a sua marca! O registro não garante o sucesso, mas ajuda a não ter dor de cabeça quando o seu produto estourar.
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